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Budget Trends 2025 – Boas práticas e tendências para Finanças e Controladoria em 2025

Pesquisa Finanças e Controladoria 2025

Desde 2017, a Budget Trends tem sido a principal pesquisa sobre controladoria e planejamento financeiro no Brasil. Ao longo desses anos, milhares de empresas já participaram da pesquisa em suas 5 edições, contribuindo para um diagnóstico preciso do mercado. Nesta 5ª edição, consolidamos um panorama detalhado da maturidade financeira das empresas, destacando tendências, desafios e oportunidades para gestores financeiros, controllers e empresários.

Os dados desta edição revelam avanços na adoção do planejamento orçamentário, mas também desafios persistentes, como a dependência de planilhas, a dificuldade na simulação de cenários e a necessidade de maior envolvimento dos gestores no processo. Empresas que investem na profissionalização da gestão financeira colhem benefícios claros: maior previsibilidade, melhor controle de custos e decisões melhor embasadas.

Ao longo deste relatório, você encontrará insights práticos e benchmarks de mercado, que podem transformar a forma como sua empresa conduz a controladoria e o planejamento financeiro. Boa leitura!

O que você vai encontrar neste artigo:
  • Pontos Chaves da Budget Trends
  • Pessoas e Empresas
  • Maturidade Financeira
  • Desdobramento
  • Passado e futuro
  • Conclusão
  • Apoiadores
    • Sem tempo para ler agora?
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      Pontos Chaves da Budget Trends

      Perfil dos Profissionais e Empresas

      Maturidade da Gestão Financeira

      Ferramentas e Eficiência na Gestão Orçamentária

      Cultura Orçamentária e Envolvimento da Gestão

      Inteligência Artificial e Digitalização

      Desafios do Planejamento Orçamentário

      Expectativas para 2025

      Pessoas e Empresas

      Faixa Etária

      A faixa etária revela que a maioria dos profissionais atuantes na área de planejamento e controladoria possuem uma ampla experiência. Cerca de 60% dos participantes têm 41 anos ou mais, sendo a faixa “Mais de 45 anos” a mais representativa (39%), seguida por 41 a 45 anos (21%). Isso reforça que a gestão financeira e orçamentária tende a ser conduzida por profissionais seniores.

      Apenas 7% estão na faixa de 25 a 30 anos. Esse dado sugere uma menor presença de jovens na área e uma trajetória que exige tempo para assumir posições estratégicas como a controladoria.

      Sexo

      A predominância masculina ainda é marcante na área de Planejamento e Controladoria, com 65% dos participantes sendo homens e 34% mulheres. No entanto, os dados indicam que a participação feminina - além de crescer a cada edição da pesquisa - é maior entre os profissionais mais jovens. Enquanto 60% dos respondentes com menos de 25 anos são mulheres, esse percentual cai para 24% entre aqueles com mais de 45 anos.

      Retrospecto

      Tivemos uma leve mudança na distribuição etária dos profissionais de Planejamento e Controladoria em relação à pesquisa de 2022. A predominância de profissionais mais experientes se mantém. No entanto, há um pequeno aumento na participação de profissionais mais jovens, especialmente na faixa de 31 a 35 anos (14%), sugerindo um início, ainda tímido, de renovação no perfil do setor.

      Já na questão de gênero, a predominância masculina persiste, mas há um dado relevante: a participação feminina cresceu entre os profissionais mais jovens. Em 2022, os números mostravam um mercado majoritariamente masculino em todas as faixas etárias, enquanto em 2025 as mulheres já representam 60% dos respondentes com menos de 25 anos. Esse crescimento pode indicar um movimento de inclusão gradual, com maior presença feminina nas novas gerações que ingressam na área de Planejamento e Controladoria.

      Cargos

      A maioria dos respondentes ocupa cargos de liderança ou gestão direta do orçamento:

      Departamento

      A maioria dos respondentes atua na Controladoria (39%), evidenciando seu papel central no planejamento e gestão orçamentária para garantir previsibilidade e eficiência financeira. Já o setor Financeiro representa 25%, indicando que a gestão do orçamento ainda é, em parte, compartilhada com outras demandas da área financeira.

      Número de Funcionários

      Sobre o número de funcionários, um balizador (embora não o único) para o porte da empresa, temos uma diversidade nas empresas participantes, com uma leve predominância de empresas de médio porte. O maior grupo de respondentes vem de empresas com 51 a 200 funcionários (28%), seguidas por empresas com 11 a 50 funcionários (15%) e 201 a 500 funcionários (12%).

      Esse equilíbrio entre diferentes portes reflete a importância da controladoria e do planejamento orçamentário tanto para grandes corporações como também para pequenas e médias empresas.

      Setor e Área de atuação

      Assim como nas edições anteriores, temos uma diversidade de setores e áreas de atuação das empresas participantes. Entre as áreas mais representativas, temos Software e Tecnologia (10%) e Serviços (10%), setores que demandam forte previsibilidade financeira para lidar com receitas recorrentes e modelos de negócio escaláveis. Além disso, a presença de Construção, Arquitetura e Engenharia (8%) e Agronegócios (7%) reforça a importância da gestão financeira em segmentos que lidam com altos investimentos, sazonalidade e longos ciclos operacionais.

      A diversidade das áreas de atuação na pesquisa reforça que empresas de diferentes modelos de negócio estão cada vez mais conscientes da importância da previsibilidade financeira.

      Maturidade Financeira

      A maturidade financeira das empresas pode ser avaliada a partir de diferentes estágios, refletindo o nível de estruturação financeira e previsibilidade da gestão orçamentária. Na Metodologia Treasy, essa jornada evolutiva passa por cinco etapas principais:

      1. Controle Financeiro: empresas que ainda estão organizando o contas a pagar e receber, bem como automatizando a conciliação bancária e o repasse de informações para contabilidade.
      2. Modelagem Financeira: Etapa de estruturação de informações por meio de plano de contas, centros de custo e categorização de receitas e despesas, permitindo análises mais detalhadas.
      3. Inteligência Financeira: Adoção de indicadores de desempenho e ferramentas analíticas para embasar decisões estratégicas.
      4. Planejamento Orçamentário: Implementação de um processo estruturado de planejamento, acompanhamento e revisão de metas e simulação de cenários.
      5. Descentralização e Colaboração: Envolvimento ativo de diferentes áreas da empresa no processo orçamentário, promovendo maior engajamento e previsibilidade.

      A Budget Trends investiga em qual estágio da maturidade financeira as empresas se encontram e como essa evolução impacta sua capacidade de gestão eficiente dos recursos, controle de custos e planejamento estratégico.

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      Há quantos anos as empresas fazem gestão orçamentária?

      O Orçamento Empresarial é um dos pilares de uma gestão financeira eficiente, permitindo que empresas planejem receitas, custos e investimentos com previsibilidade. Na Metodologia Treasy, a evolução da maturidade financeira passa por diferentes estágios – desde um controle básico até um planejamento orçamentário descentralizado, mas é o Orçamento que acaba sendo o carro chefe no avanço da maturidade financeira, é ele quem muitas vezes “puxa” as demais iniciativas de melhoria na área.

      Empresas que adotam um processo orçamentário conseguem antecipar desafios, otimizar recursos e tomar decisões mais certeiras, reduzindo riscos e aumentando a sustentabilidade do negócio.

      A pergunta "Há quantos anos sua empresa faz gestão orçamentária?" é fundamental para medir o nível de maturidade da empresa. Quanto mais tempo uma empresa pratica a gestão orçamentária, maior a tendência de possuir uma maturidade financeira mais robusta, com disciplina no acompanhamento, simulações de cenários e envolvimento de gestores. 

      A pesquisa mostra que 37% das empresas realizam gestão orçamentária há mais de 5 anos, demonstrando um nível consolidado de maturidade financeira para esse grupo. 

      No entanto, um número significativo de empresas ainda está iniciando ou sequer implementou um processo estruturado de gestão orçamentária. 19% das empresas declararam que ainda não fazem gestão orçamentária! Trabalham “no escuro” quando se trata de metas financeiras e controle dos custos.

       

      Quantas pessoas atuam dedicadas à área de Planejamento e Controladoria?

      A maioria das empresas participantes possui equipes enxutas na área de Planejamento e Controladoria. 31% das empresas contam com 2 a 3 profissionais dedicados, enquanto 28% possuem apenas 1 pessoa responsável por essa função. Esses números sugerem que, em grande parte das organizações, a controladoria é conduzida por equipes reduzidas, o que pode representar desafios para a implementação de processos mais estruturados.

      Um dado preocupante é que 16% das empresas ainda não possuem nenhum profissional dedicado à área, reforçando a falta de maturidade financeira em uma parcela significativa dos negócios.. ​

      Como a Maturidade Financeira das empresas evoluiu nos últimos anos?

      A Budget Trends mostra uma evolução extremamente positiva no cenário da gestão orçamentária das empresas. Desde 2017, o número de empresas que não fazem gestão orçamentária vem diminuindo ano a ano, caindo de 37% para apenas 19% em 2025!

      Essa redução constante demonstra que cada vez mais empresas estão reconhecendo a importância do planejamento financeiro e adotando práticas estruturadas para garantir previsibilidade e crescimento sustentável. Essa mudança reflete um amadurecimento significativo do mercado, com mais empresas buscando eficiência e controle sobre suas finanças.

      Se considerarmos que, no passado, a falta de gestão orçamentária era um grande entrave para a competitividade e sobrevivência das empresas, essa queda para menos de 20% é uma grande vitória! O mercado está evoluindo, a tendência, e também o que depender da Treasy, é que esse percentual continue caindo nos próximos anos.

      Se a sua empresa ainda não faz Gestão Orçamentária, você pode aprender a implantar o orçamento do zero com a Jornada da Meta ao Resultado, uma série de 5 aulas gratuitas da Treasy para ajudar você a dar o próximo passo na maturidade financeira da sua empresa. Comece aqui.

      Qual a experiência dos profissionais em Gestão Orçamentária?

      Quais etapas do Processo Orçamentário as empresas realizam?

      Quais metodologias são utilizadas para a Gestão Orçamentária?

      Quer saber mais sobre Metodologias de Orçamento e escolher a ideal para a sua emrpesa? Baixe o material "Definindo a metodologia de Gestão Orçamentária ideal para sua empresa" aqui.

      Quais ferramentas as empresas utilizam para realizar o Planejamento e Controle Orçamentário?

      A escolha das ferramentas impacta diretamente a eficiência da gestão orçamentária.

      Os dados mostram que empresas que utilizam softwares especializados são significativamente mais rápidas e precisas:

      A dependência de planilhas ainda é um gargalo, mas a digitalização e a automação do orçamento vêm ganhando espaço gradualmente.

      Se sua empresa ainda trabalha com planilhas para suas análises financeiras e planejamento, a gente convida você a conhecer o Treasy BI Financeiro + Planejamento Orçamentário e conferir como ele pode economizar tempo e evitar erros e retrabalhos no seu dia-a-dia! Comece agora com sua conta gratuita.

      Qual o nível de envolvimento dos gestores de departamento no Planejamento e Controle Orçamentário?

      Metade (50%) das empresas envolvem ativamente os gestores de departamento em todo o processo orçamentário, refletindo um ótimo nível de maturidade nessas empresas! 

      No entanto, 37% dos gestores têm apenas participação parcial, seja acompanhando apenas o realizado ou justificando desvios sem contribuir para a construção do orçamento. Esse envolvimento limitado compromete o sentimento de dono, dificultando a adesão ao planejamento e a eficiência na gestão dos recursos. 

      Além disso, 13% dos gestores não participam do processo, evidenciando desafios na descentralização do controle financeiro e na tomada de decisões estratégicas.

      Para ajudar sua empresa neste desafio, separamos dois materiais recheados de dicas para envolver os gestores no orçamento:

      Quem é o responsável pelo Orçamento nas empresas?

      A maioria das empresas já conta com um nível de especialização no time: 31% possuem uma equipe dedicada de Planejamento, Controladoria e Finanças, enquanto 30% delegam essa função a um único profissional dessas áreas, mantendo uma estrutura enxuta, mas especializada. 

      No entanto, 25% das empresas ainda centralizam o processo no dono ou sócio, o que é comum em empresas menores, mas pode dificultar a priorização do orçamento frente às demandas operacionais do negócio. Sobre este desafio, sugerimos o episódio 18 do Controller Cast - O sócio que sobrou para o Financeiro

      Além disso, 14% atribuem essa responsabilidade a um profissional do financeiro, que precisa conciliar o planejamento orçamentário com outras rotinas, como fechamento contábil e gestão de contas a pagar e receber.

      Quanto tempo leva o processo de elaboração do Orçamento?

      A maioria das empresas (52%) leva mais de um mês para elaborar seu orçamento, o que pode indicar ferramentas inadequadas, aprovações, múltiplas revisões e um alto nível de complexidade na consolidação dos dados financeiros (reflexo também do porte dos participantes). 

      Apenas 10% das empresas elaboram o orçamento em até uma semana, demonstrando que poucas organizações possuem processos enxutos e automatizados. Esse dado reforça a importância de investir em tecnologias e metodologias que otimizem a elaboração orçamentária, reduzindo o tempo necessário para consolidar informações e criar planos orçamentários. ​

      Quanto tempo leva mensalmente para obter as informações realizadas para o Acompanhamento Orçamentário?

      Sobre o tempo investido no acompanhamento orçamentário, 44% das empresas conseguem obter as informações em até uma semana, demonstrando processos ágeis e eficientes. 

      No entanto, 25% levam entre 1 e 2 semanas, e 13% precisam de 2 semanas a 1 mês, o que resulta em uma “análise pelo retrovisor”, onde as decisões são baseadas em dados defasados, limitando ajustes rápidos. 

      10% das empresas levam mais de um mês para consolidar as informações, tornando a visão financeira uma verdadeira “autópsia” do resultado, sem tempo hábil para corrigir desvios e otimizar a performance. 

      Ainda mais crítico, 8% das empresas sequer conseguem obter esses dados, desperdiçando todo o esforço depositado na elaboração do orçamento e permanecendo no escuro, sem visibilidade para tomada de decisões estratégicas. Esse cenário reforça a necessidade de digitalização e automação para garantir maior previsibilidade e controle financeiro.

      Como as empresas utilizam ou consideram utilizar IA (Inteligência Artificial) no processo de planejamento?

      Embora a Inteligência Artificial (IA) esteja ganhando espaço na controladoria, sua adoção ainda está em fase inicial para a maioria das empresas. 59% dos participantes não utilizam IA, mas consideram implementá-la no futuro, indicando um forte interesse na tecnologia. No entanto, 15% não sabem responder sobre o tema, demonstrando que ainda há desconhecimento sobre o impacto da IA na área financeira.

      Apenas 6% das empresas já utilizam IA em diversas etapas do planejamento, enquanto 12% estão em fase de implementação, o que mostra um crescimento gradual. Por outro lado, 8% afirmam que não têm planos de adotar IA, reforçando que ainda há resistência ou falta de clareza sobre os benefícios da tecnologia. 

      Esses dados indicam que a IA tende a se consolidar nos próximos anos, mas sua adoção ainda depende de maturidade digital e confiança nas ferramentas disponíveis. ​Saiba mais sobre este tema no episódio #46 do Controller Cast - O impacto da IA na carreira de controladoria e finanças.

      Desdobramento

      Demonstrativos e Indicadores Financeiros

      Empresas que fazem gestão orçamentária controlam mais indicadores financeiros do que aquelas que não possuem esse controle estruturado. A diferença é notável em métricas como EBITDA (70% vs. 19%), Margem de Contribuição (63% vs. 29%) e Geração de Caixa (49% vs. 26%), que são essenciais para análise de rentabilidade e sustentabilidade financeira. 

      A mesma tendência se observa na projeção e acompanhamento de demonstrativos financeiros. Empresas organizadas acompanham com mais frequência a DRE (83% vs. 52%), Fluxo de Caixa (73% vs. 55%) e Balanço Patrimonial (37% vs. 21%), garantindo uma visão mais completa da sua estrutura financeira. 

      Além disso, um ponto preocupante: 24% das empresas sem gestão orçamentária não acompanham nenhum demonstrativo, reforçando a operação “no escuro”. Esses dados indicam que a gestão orçamentária melhora o controle dos demonstrativos financeiros, permitindo uma tomada de decisão mais embasada e previsível. 

      Quais ações são realizadas em cima das análises dos valores Planejados x Realizados x Históricos?

      Empresas que fazem gestão orçamentária tomam mais ações a partir da análise dos valores Planejados x Realizados. Enquanto 65% dessas empresas adotam ações baseadas nesses dados, apenas 48% das que não possuem gestão estruturada fazem o mesmo. Além disso, o uso do FCA (Fato, Causa e Ação) ainda é muito baixo, sendo aplicado por apenas 27% das empresas com processo orçamentário e praticamente inexistente entre as demais (2%), o que limita a efetividade das correções e ajustes no planejamento.

      Para aprofundar o entendimento e melhorar a aplicação dessa metodologia, recomendamos assistir à aula 04 da Jornada da Meta ao Resultado (disponível aqui), onde o FCA é abordado como uma ferramenta essencial para transformar dados em ações concretas. Com uma abordagem estruturada, as empresas podem aprimorar sua análise de desvios e melhorar a tomada de decisões estratégicas, garantindo maior previsibilidade e controle sobre os resultados financeiros.

      As empresas têm utilizado efetivamente os dados gerados pelo Orçamento para embasar a tomada de decisões?

      Cerca de 42% das empresas utilizam os dados do orçamento para embasar a tomada de decisão, demonstrando um nível de maturidade elevado ao integrar o planejamento financeiro como uma ferramenta estratégica na gestão. 

      Mas chama a atenção que a maioria das empresas ainda enfrenta desafios na aplicação prática do orçamento: 45% afirmam que utilizam os dados apenas em alguns casos e 13% das empresas não utilizam os dados orçamentários para tomar decisões, indicando uma possível desconexão entre o esforço de elaboração do orçamento e sua aplicação real na gestão. 

      Isso significa que mais da metade (68%) das empresas não utiliza ou usa apenas ocasionalmente as informações financeiras para direcionar estratégias! Esse cenário reforça a necessidade de fortalecer a controladoria e capacitar gestores para transformar os dados do orçamento em decisões mais ágeis e que movam o ponteiro do resultado.

      Quais são os principais desafios enfrentados pela controladoria na operação do orçamento?

      Quando é a hora de colocar a mão na massa, seja criando ou gerindo o orçamento, o maior desafio da controladoria é a dificuldade em prever e simular cenários, apontada por 50% dos profissionais. Empiricamente na Treasy vemos essa dificuldade no dia a dia, a criação de cenários sem uma ferramenta especialista demanda tempo e um esforço que muitas vezes não é cabível para time enxuto da controladoria. Frequentemente ouvimos “se eu parar para simular, a coisa já aconteceu”.

      O uso excessivo de planilhas aparece como o segundo maior desafio, citado por 41% dos profissionais. Somado a isso, 39% das empresas mencionam a falta de recursos tecnológicos adequados, o que reforça que a automação e digitalização do processo orçamentário ainda são um gargalo para muitas empresas.

      Outros desafios importantes incluem a falta de confiança nos dados históricos (24%), a baixa participação dos gestores de área (20%) e a falta de apoio da diretoria (14%). Esses fatores indicam que, além das dificuldades técnicas, há desafios culturais e organizacionais que precisam ser superados para que o planejamento orçamentário seja mais eficaz.

      Você também possui desafios semelhantes na controladoria? Crie sua conta no Treasy e elimine as planilhas do seu orçamento, reduzindo até 80% do tempo investido no processo.

      Passado e futuro

      Os desafios da Controladoria

      Em 2024, os principais desafios enfrentados pelas empresas em Planejamento e Controladoria foram a queda de demanda e faturamento (25%), impactando diretamente a previsibilidade financeira, seguida pelo aumento dos custos variáveis (21%), que exigiu um controle rigoroso de despesas. 

      Para 2025, a principal preocupação das empresas passa a ser estruturar-se para um crescimento na demanda (25%), garantindo que o aumento de faturamento seja sustentável. No entanto, a queda de demanda ainda preocupa 17% dos respondentes, mostrando ainda uma volatilidade do mercado. A gestão tributária (16%) também se destaca no Top 3 desafios, refletindo a complexidade do sistema fiscal brasileiro e a busca por previsibilidade neste tipo de desembolso.

      A comparação entre 2024 e 2025 demonstra uma mudança no foco das empresas: de um ano marcado por desafios financeiros e controle de custos para um período de transição, onde o crescimento se torna um objetivo, mas ainda cercado por incertezas econômicas e tributárias. A preparação para esse cenário exigirá das empresas maior planejamento estratégico, adoção de soluções tecnológicas e um controle mais eficiente das obrigações fiscais e financeiras. ​

       

      Futuro

      Os dados revelam um cenário otimista quanto à demanda e faturamento: 78% das empresas esperam crescimento, enquanto 18% acreditam que manterão seus níveis atuais e apenas 5% preveem queda. No entanto, esse otimismo vem acompanhado de desafios, pois 52% das empresas projetam um aumento nos custos e despesas, contra 27% que esperam mantê-los e somente 21% que acreditam em redução.

      A relação entre essas projeções e os desafios identificados na pesquisa evidencia um dilema: a necessidade de estruturar as empresas para o crescimento, sem perder o controle sobre custos e despesas. O impacto tributário, citado como um dos maiores desafios de 2025, reforça essa preocupação, indicando que empresas precisarão buscar maior eficiência fiscal e melhores práticas de gestão financeira para garantir que o aumento da receita não seja comprometido por custos elevados.

      Esse cenário sugere que, para sustentar o crescimento esperado, as empresas precisarão fortalecer sua capacidade de planejamento orçamentário, investir em ferramentas de controle financeiro e adotar estratégias que equilibrem expansão e sustentabilidade operacional. Crescer, sim, mas não a qualquer custo.

      Atuação da Controladoria

      Uma parte significativa das empresas ainda enfrenta dificuldades para mensurar seus custos e despesas. Nos Custos Variáveis Diretos, 29% não conseguem apurar essa informação, enquanto nas Despesas Operacionais, esse número sobe para 26%. Essa falta de visibilidade financeira compromete a tomada de decisão e mostra uma lacuna no uso de ferramentas adequadas para acompanhamento financeiro.

      Com 52% das empresas projetando aumento nos custos para 2025, a ausência de controle pode agravar ainda mais o desafio dessas empresas! A digitalização e automação da gestão financeira se tornam, portanto, essenciais para garantir previsibilidade e eficiência na alocação de recursos.

       

      Para os profissionais de Finanças e Controladoria, a prioridade como profissional é a previsibilidade e antecipação de cenários (44%), refletindo a necessidade de maior segurança na tomada de decisões diante das oscilações de demanda e faturamento. Além disso, 31% valorizam o entendimento de tendências de mercado, destacando a busca por inovação e adaptação como fatores essenciais na gestão financeira.

      Esses insights estão diretamente ligados aos desafios das empresas, como o aumento de custos (52%) e a estruturação para crescimento (25%). Enquanto 16% mencionam a redução inteligente de custos, a dificuldade em medir economias e aprimorar o controle financeiro ainda é um obstáculo. Esse cenário reforça a importância de ferramentas e metodologias que permitam um acompanhamento com disciplina dos indicadores, garantindo que as empresas não apenas reajam às mudanças, mas as antecipem com mais agilidade.

       

      A busca por conhecimento na área de Finanças e Controladoria evoluiu significativamente nos últimos anos. Em 2025, 28% dos profissionais afirmam recorrer a treinamentos online, seguidos por 20% que utilizam YouTube e 16% que já adotam ChatGPT ou outras IAs como fonte principal. Em contrapartida, métodos mais tradicionais como conversas com colegas (9%) e livros (7%) perderam espaço, refletindo a digitalização do aprendizado.

      Uma curiosidade interessante é que, em 2017, os livros eram a principal fonte de conhecimento, citados por 61% dos participantes da Budget Trends. Oito anos depois, essa preferência caiu 54 pontos percentuais, evidenciando uma mudança significativa na forma como os profissionais buscam informação.

      Conclusão

      A Budget Trends 2025 confirma que as empresas brasileiras estão avançando na maturidade financeira, mas ainda enfrentam desafios para tornar o orçamento um pilar estratégico. O principal indício desse avanço é a redução das empresas que não realizam Gestão Orçamentária, que caiu de 37% em 2017 para apenas 19% em 2025. Essa mudança reflete um amadurecimento do mercado e um reconhecimento cada vez maior da importância do planejamento financeiro para a sustentabilidade dos negócios.

      Apesar desse progresso, ainda há barreiras a serem superadas. Em um futuro onde mais da metade(52%) das empresas esperam aumento nos custos, temos o fato desafiador de que 29% das empresas não conseguem medir efetivamente seus desembolsos. A falta de controle sobre os custos compromete a previsibilidade financeira e pode gerar um crescimento com baixa rentabilidade.

      A pesquisa também evidencia que o orçamento segue subutilizado na tomada de decisão: mais da metade das empresas não usa regularmente os dados financeiros para embasar suas estratégias. Além disso, 54% ainda dependem de planilhas, o que dificulta o acompanhamento em tempo real e a resposta ágil a mudanças no mercado.

      O cenário futuro exige que as empresas equilibrem crescimento e sustentabilidade financeira. Aquelas que investirem no acompanhamento regular dos resultados, maior envolvimento dos gestores no orçamento e automação dos processos terão uma vantagem competitiva significativa.

      Apoiadores

      A Budget Trends sempre conta com apoiadores de peso que ajudam na divulgação, saiba mais sobre eles:

      A Solides é a principal plataforma de Gestão de Pessoas para pequenas e médias empresas no Brasil. Combinando tecnologia e inteligência de dados, a Solides oferece soluções completas para atração, desenvolvimento e retenção de talentos. Seu software permite que empresas construam times de alta performance, reduzam o turnover e tomem decisões mais assertivas com base em indicadores comportamentais e de desempenho.

       

       

      O método Controladoria Prática foi criado por Leandro Gomes, com mais de 20 anos de experiência na área financeira. Seu objetivo é transformar a vida profissional de pessoas que atuam em Finanças e Controladoria, oferecendo treinamentos online e conteúdos práticos que capacitam profissionais a se tornarem estratégicos e valorizados no mercado.

       

       

       

      Consultoria estratégica de IA focada para Finanças e RH

       

       

       

       

       

      A Ferreira Filho Associados é uma consultoria especializada em Gestão de Alto Desempenho, dedicada a auxiliar empresas e pessoas a alcançarem seu máximo potencial. Desde 2009, já atendeu mais de 300 clientes, incluindo empresas como Petrobrás, Whirlpool, Eliane Pisos e Azulejos, e Docol Metais Sanitários, alcançando um retorno médio sobre o investimento (ROI) de 4,2 para 1.